Encontrei-te fortuitamente,
Como que por mera casualidade,
Numa noite de outono,
Fresca e nublada.
Atraíste-me a ti,
Como um íman potente.
E sem razão aparente,
Embarcamos na caminhada.
Ao meu ouvido,
Balbuciaste algumas palavras,
Numa língua,
Que não a minha.
Toquei-te no rosto,
Entendeste a mensagem!
Endereçaste-me um desafio,
E eu anuí.
E dançamos na praça,
Debaixo da chuva,
Que entretanto,
De mansinho caía.
Dançamos,
E dançamos mais,
Com os corpos molhados,
Colados e calados.
E ao som do silêncio,
Fez-se sentido!
Disseste-me adeus.
E eu parti!