As nossas sociedades caracterizam-se por uma pluralidade de desigualdades.
O sociólogo sueco Goran Therborn propõe uma perspetiva teórica multidimensional das desigualdades sociais contemporâneas.
Identifica três dimensões de desigualdades sociais:
a) desigualdades vitais;
b) desigualdades existenciais;
c) desigualdades de recursos.
A desigualdade social constitui um facto incontestável. Tal facto não deixa ninguém indiferente.
O trânsito do plano do Ser ao plano do Dever-Ser, do plano da realidade ao plano da idealidade, constitui a transição do vivido ao pensado.
Como deverá ser uma sociedade perfeita - ou menos imperfeita?
São vários os autores que abordam essa questão, propondo reflexões diversas.
Segundo Mahatma Gandhi, "tudo o que comemos sem necessidade é roubado ao estômado dos pobres".
Fernando Savater, filósofo espanhol, corrobora das palavras de Gandhi.
Segundo este pensador, surge uma sensação de repugnância diante da imensa quantidade de milhões que morrem de fome, enquanto um grupo de privilegiados morre de indigestão.
Porém, será legítimo defender a ideia de que o excesso de uns de certa maneira é causa de privação de outros?