Este pretende ser um "espaço" público de partilha de ideias, um espaço de comunicação...

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Fev 09

(O Beijo, Rodin)

O homem,  fruto do desejo?

O que é o amor? Um meio de ascender ao conhecimento, como em Platão ou uma "cegueira do espírito", como em Descartes e Schopenhauer?

Em Platão, o amor está associado ao belo. Considera dois tipos de belo: o belo em si mesmo, tomado como essência ou forma Ideal que se distingue das coisas que, sendo belas, não passam de cópias daquela Ideia. Há uma relação de participação entre o belo ideal e as coisas reais belas do mundo dito sensível.

Como se chega ao belo absoluto, ideal, se este reside no "mundo inteligível" e se o homem vive no "mundo sensível"?

É pela alma ligada ao corpo que o homem sente amor pelo ser imbuído de beleza. Mas enquanto que a beleza dos corpos é finita, o amor é um desejo de eternidade, o que conduz a alma a afastar-se do carnal para atingir a beleza ideal, suprema e eterna que se confunde com o bem, a justiça e a sabedoria.

Já para o pensador pessimista Schopenhauer, o amor não passa de uma "armadilha estendida ao indivíduo para perpetuar a espécie". O amor será um impulso obstinado, um ímpeto cego, uma dinâmica sem objectivo nem razão, expressão daquilo que designa por Vontade.

publicado por Carlos João da Cunha Silva às 12:59

"Já para o pensador pessimista Schopenhauer, o amor não passa de uma 'armadilha estendida ao indivíduo para perpetuar a espécie'."

Isso me lembra o que li a respeito de "O Gene Egoísta", de "Richard Dawkins", na Wikipédia. Você já leu este livro? O que achou dele?
Anders a 25 de Março de 2020 às 18:43

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