É comum considerarem-se os valores como bússola orientadora da prática humana. Tal perspectiva axiológica considera que são os valores que determinam a acção e não o inverso o que, em certo sentido, pressupõe uma concepção objectivista dos valores pois atribui-lhes um carácter ontológico, cabendo ao homem a simples tarefa de os reconhecer. Esta maneira de os encarar, aproxima os valores do carácter absoluto, imutável e incondicionado.
“A partir do momento em que se desenvolveu a propriedade privada dos objectos mobiliários, tornou-se necessário que todas as sociedades onde essa propriedade privada prevalecia tivessem em comum o mandamento moral: não roubarás. Mas esse mandamento transforma-se, por isso, num mandamento moral eterno? De maneira nenhuma. Numa sociedade onde não houver motivos para roubar, onde, por fim, só os loucos poderão cometer roubos, cairá no ridículo o pregador moral que quiser proclamar solenemente a verdade eterna, não roubarás!"