A revista Visão desta semana faz alusão a Aristides de Sousa Mendes e às vidas salvas graças à sua ação diplomática.
Desafiando ordens expressas do ministro dos Negócios Estrangeiros, António de Oliveira Salazar, Sousa Mendes concedeu 30.000 vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir de França em 1940, salvando, assim, a vida de milhares de pessoas, das quais cerca de 10.000 judeus.
Aristides de Sousa Mendes experienciou um genuíno Dilema Ético, tendo que ponderar e decidir entre valores materiais - a sua estabilidade profissional e segurança económica - e valores éticos e políticos - a vida e a liberdade de milhares de cidadãos inocentes.
Decidir nunca é um processo fácil, sobretudo quando envolve alternativas com consequências tão drásticas quanto as que Sousa Mendes teve que enfrentar.
Consta que os seus cabelos esbranquiçaram, de tão difícil e extenuante o dilema por si enfrentado.
O "preço" pago pela sua ousadia foi elevado, tendo sucumbido na miséria.
Alguns dados biográficos:
Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches (Carregal do Sal, Cabanas de Viriato, 19 de Julho de 1885 — Lisboa, 3 de Abril de 1954) foi um diplomata português. Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial.