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08
Mai 13

 

1. Sinopse do Filme “TRÓIA”

 

   Na Grécia antiga, a paixão de um dos casais mais lendários da História, Páris, príncipe de Tróia (ORLANDO BLOOM), e Helena (DIANE KRUGER), rainha de Esparta, desencadeia uma guerra que irá devastar uma civilização. Páris rouba Helena de seu marido, o rei Menelau (BRENDAN GLEESON), e este é um insulto que não pode ser tolerado. A honra da família determina que uma afronta a Menelau seja considerada uma afronta a seu irmão Agamenon (BRIAN COX), o poderoso rei de Micenas, que logo une todas as tribos da Grécia para trazer Helena de volta, em defesa da honra do irmão.
   Na verdade, a busca de Agamenon por honra é suplantada por sua ganância – ele precisa controlar Tróia para garantir a supremacia de seu vasto império. A cidade cercada de muralhas, comandada pelo rei Príamo (PETER O'TOOLE) e defendida pelo poderoso príncipe Heitor (ERIC BANA), é uma fortaleza que nenhum exército jamais conseguiu invadir. A chave da derrota ou da vitória sobre Tróia é um único homem: Aquiles (BRAD PITT), tido como o maior guerreiro vivo.
   Arrogante, rebelde e aparentemente invencível, Aquiles não tem lealdade a nada nem a ninguém, a não ser à sua própria glória. É sua sede insaciável pelo eterno reconhecimento que o leva a atacar os portões de Tróia sob a bandeira de Agamenon – mas será o amor que acabará por decidir seu destino.
   Dois mundos entrarão em guerra por honra e poder. Milhares perecerão em busca de glória. E, por amor, uma nação será reduzida a cinzas.

 

 

1.1.   Enquadramento do Filme “Tróia” na Disciplina de Filosofia, 10.º ano

 

 

   O Filme enquadra-se no tema da Ação Humana, Análise e Compreensão do Agir e clarifica o que é de facto o agir humano, distinto do comportamento animal.

   Enquanto o comportamento animal é orientado por instintos, isto é, por padrões hereditários de comportamento, não podendo por isso os animais fazer outra coisa, dado não terem a possibilidade de escolher, os seres humanos têm uma existência aberta e são confrontados, a cada instante, com a necessidade de escolher e decidir.

   Heitor, o herói da Guerra de Tróia, celebrado por Homero, é o exemplo paradigmático da condição humana.   Heitor enfrenta um inimigo mais forte do que ele, Aquiles. Sabe que corre o risco de ser morto, mas permanece voluntariamente firme no seu posto. Tem consciência que pode ser ferido mortalmente, de certeza que sente medo mas, ao mesmo tempo, sabe que está a cumprir o seu dever. Heitor podia fugir. Mas não há dúvida que no momento do combate é ele que decide enfrentar o medo e lutar.

   O seu comportamento não depende do instinto. É condicionado por valores que ele aprendeu a respeitar desde que nasceu, mas que não determinam necessariamente a sua conduta (em princípio). Heitor não está programado para ser herói, nem o está seja que Homem for. Ele enfrenta Aquiles porque quer. O seu comportamento resulta de uma decisão livre da sua vontade. Por isso, podemos admirar a sua coragem e só neste sentido podemos falar em valentia.

No domínio da Filosofia, chama-se “Ação” somente aos comportamentos que resultam de uma decisão livre e que comprometem, definem o carácter e responsabilizam o seu autor (o agente).

 

publicado por Carlos João da Cunha Silva às 17:58

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