É uma das preocupações recorrentes na história da humanidade, a procura de uma vida feliz. Apesar de recorrente, parece claro que esta só se torna efectiva e possível, após a concretização de necessidades básicas, como bem refere A. Maslow na célebre pirâmide das motivações. Com efeito, como pode aspirar à felicidade o faminto ou o que vive à margem da sociedade, impelido para essa condição social e existencial por circunstâncias ou factores que, não raras vezes, o transcendem?
Dito isto, Epicuro, filósofo que viveu entre 341 e 270 antes da nossa era, conhecedor do sistema atomista de Demócrito que o inspira na concepção da sua teoria física, não fugiu à tendência dominante da sua época: apontar ao homem o modo de vida capaz de o libertar da angústia e de o encaminhar na busca da felicidade plena.
A este propósito, são deste autor as seguintes palavras, sobre a morte, extraídas de "Carta Sobre a Felicidade":