Quer para o panteísmo, quer para o materialismo, o real traduz-se numa única substância: monismo espiritualista e monismo materialista.
Se admitirmos, porém, a ideia de "criação a partir do nada" (criação ex-nihilo), característica do cristianismo, temos que admitir que o real compreende duas substâncias: Deus ou Espírito (Ser criador, transcendente e distinto da criatura) e Mundo ou Matéria. Estamos, assim, perante um dualismo, por oposição ao monismo.
Admitida a criação do mundo por Deus, qual o sentido dessa criação? Ou Deus liberta inteiramente o mundo ou não o liberta. Se o liberta, é porque lhe dá uma lei de autogoverno e independência total; se o não liberta, é porque o mantém sujeito à sua superior vontade. No primeiro caso, estamos perante uma concepção da natureza de Deus denominada Deísmo; no segundo, perante o Teísmo, característico das grandes religiões monoteístas: islamismo, judaísmo e cristianismo.