O "homem estético" vive sob o conhecido lema do "carpe diem", regendo a sua conduta pelo imperativo categórico: "goza". O presente e o instante são o único tempo que conhece e, como tal, o estádio estético é a fugacidade, o ilusório e o vazio. A procura de novos prazeres conduz à rejeição da repetição. Só proporciona prazer a "frescura do imediato" e da novidade. Contudo, o instante não é vivido em plenitude porque é acompanhado de angústia. A angústia (sentimento que se distingue do medo) é um estado de incerteza perante o futuro.
"A única continuidade desta existência - considera J. Wahl, Études Kierkegaardiennes - é a do aborrecimento. Chega à apatia, à indiferença, ao desgosto perante toda e qualquer acção. Partindo em busca do interessante, não encontra senão uma vida sem interesse; partindo à procura do instante que passa não vive senão no instante que passou e cultiva a sua memória".