O ponto de partida de Hobbes em relação ao fundamento do Estado é uma concepção antropológica profundamente negativa e egoísta. Com efeito, para ele "o homem é o lobo do homem" e tal facto constitui razão suficiente para advogar um Estado absolutista em que os diversos poderes se concentram numa única pessoa.
Num tal sistema, a liberdade é preterida em nome da segurança.
A novidade de Hobbes consiste na rejeição do fundamento divino do poder e na elaboração de uma teoria do poder que se pretende racional.