Uma das questões clássicas relacionadas com as ideias, prende-se com o problema da sua origem, isto é, com o problema de saber de onde nos surgem, qual a sua fonte. Ao formularmos tal questão, deslocamo-nos do domínio lógico para o gnosiológico. Com efeito, o nosso conhecimento é constituído por ideias, juízos e raciocínios, mas como os juízos e os raciocínios são obtidos a partir das ideias, o problema da origem do conhecimento consiste em determinar como se adquirem as ideias. Este problema consiste em saber de que modo o "sujeito cognoscente" atinge o "objecto".
Ao afirmarmos, por exemplo, que "O triângulo é um polígono de três ângulos" ou que "Esta água ferve, aqui e agora, a 100º", tais frases exprimem conhecimentos, embora de natureza diversa. No primeiro caso, estamos perante um conhecimento necessário do ponto de vista lógico e universalmente válido; no segundo, ao invés, trata-se de um conhecimento contingente e particular.
Há, portanto, duas espécies de saber.
Mas, qual a sua origem? A razão/pensamento, os sentidos/experiência ou ambos? É a esta pergunta que racionalismo e empirismo tentam responder.