Este pretende ser um "espaço" público de partilha de ideias, um espaço de comunicação...

20
Jan 09

Péricles na ágora ateniense, com a Acrópole ao fundo

   “A democracia baseia-se no pressuposto de que não há homens que nascem para mandar nem existem outros que nascem para obedecer; mas que todos nascemos com a capacidade para pensar e, portanto, com o direito político de intervir na gestão da comunidade da qual fazemos parte. Mas, para que os cidadãos possam ser politicamente iguais, é imprescindível, que em contrapartida nem todas as suas opiniões o sejam: deve haver algum meio de hierarquizar as ideias na sociedade não hierárquica, potenciando as mais adequadas e afastando as erróneas ou prejudiciais. Numa palavra, procurando a verdade. É exactamente esta a missão da razão, cujo uso todos partilhamos (antigamente as verdades sociais eram estabelecidas pelos deuses, pela tradição, pelos soberanos absolutos, etc.). Na sociedade democrática, as opiniões de cada um não são fortalezas ou castelos onde se encerram como forma de auto-afirmação pessoal: «ter» uma opinião não é ter uma propriedade que ninguém tem direito a tirar-nos. Oferecemos a nossa opinião aos outros para que a debatam e, por seu lado, a aceitem ou a refutem e não apenas para que saibam «onde estamos e quem somos». E desde logo nem todas as opiniões são igualmente válidas: valem mais as que tenham melhores argumentos a seu favor; as que melhor resistem à prova de fogo do debate, com as objecções que lhes são colocadas.

    Se não queremos que sejam os deuses ou certos homens privilegiados que usurpem a autoridade social (quer dizer; que sejam quem decide qual é a verdade que convém à comunidade) não resta outra alternativa que submetermo-nos à razão como via para a verdade. Mas a razão não está situada, como um árbitro semidivino, acima de nós para conciliar as nossas disputas, mas funciona dentro de nós e entre nós."

Fernando Savater; As Perguntas da Vida.

publicado por Carlos João da Cunha Silva às 17:53

A Filosofia é, de acordo com o Dicionário Escolar de Filosofia, "o estudo dos problemas de carácter mais geral e conceptual que afectam o nosso pensamento científico, religioso, artístico e quotidiano, para os quais não há respostas científicas."

São, de seguida, apresentados  alguns exemplos de problemas filosóficos já abordados neste "espaço virtual". 

Como em  todos os esquemas, convém, no entanto, realçar que a seguinte síntese esquemática apresenta  vantagens e desvantagens. Desvantagens porque será pretensioso arrumar linearmente e em compartimentos estanques aspectos que se interpenetram de forma complexa. As vantagens são de natureza pedagógica:

 

 - Ontológicos - i.

 - Gnosiológicos - i. ii.

 - Epistemológicos - i.

 - Lógicos - i. ii. iii. iv. v. vi. vii. viii.

 - Éticos - i. ii. iii. iv. v. vi. vii. viii.

 - Estéticos - i. ii. iii. iv. v. vi. vii.

 - Religiosos - i. ii.

 - Antropológicos - i. ii. iii.

publicado por Carlos João da Cunha Silva às 10:02

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