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Jan 09

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Um dos Ferimentos Narcísicos, recentemente aqui aludidos, diz respeito à “Revolução Copernicana”. Esta revolução consistiu na defesa de um modelo heliocêntrico em prejuízo do geocêntrico, ou seja, consistiu na formulação de uma nova concepção do Universo. Tal concepção não representou, necessariamente, novidade dado que os filósofos gregos já tinham admitido que um “fogo” pudesse ser o centro do universo, embora tal teoria tivesse caído no esquecimento. As investigações de Copérnico, ao “destronar” a Terra do centro do Universo, tiveram repercussões na concepção antropocêntrica, abrindo o homem ao infinito desconhecido.

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O que neste processo revolucionário se revela singular são os caminhos que conduziram o astrónomo polaco ao heliocentrismo. Com efeito, não foram razões de natureza científica que fundaram o referido modelo. Foram, antes, como no-lo diz Alexandre Koyré em Estudos de História do Pensamento Científico, motivos de natureza estética ou metafísica:
“Como é que Copérnico chegou à sua concepção? (…) Uma das razões – provavelmente a mais profunda – da grande reforma astronómica operada por Copérnico não era de todo científica. Trata-se de uma razão de ordem estética ou metafísica, de considerações de harmonia. Sendo o Sol a fonte da luz, e sendo a luz o que há de mais belo e melhor no mundo, parecia-lhe conforme à razão que governa o mundo e o criou, que essa luminária fosse colocada no centro do Universo que ilumina. Copérnico di-lo expressamente e eu creio que não há nenhuma razão para não se acreditar na sua adoração pelo Sol”.
publicado por Carlos João da Cunha Silva às 18:56

Janeiro 2009
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