Do ponto de vista filosófico o realismo, por oposição ao idealismo, responde à questão da natureza ou essência do conhecimento. Sustenta o princípio da transcendência do objecto em relação ao sujeito para afirmar, deste modo, a total e completa independência entre a realidade e a consciência. Trata-se, pois, de uma atitude epistemológica segundo a qual há coisas reais, independentes da consciência.
O realismo subdivide-se em duas modalidades: realismo crítico e ingénuo, constituindo, este último, a atitude específica do senso comum enquanto que a primeira forma resulta de uma atitude que assenta em considerações de natureza crítica do conhecimento.
Já o idealismo, no seu sentido epistemológico, afirma o princípio da imanência do objecto em relação ao sujeito, ou seja, sustenta a tese de que não há coisas reais, independentes da consciência.
É comum apontar-se Berkeley como o representante clássico desta corrente, uma vez que encontrou a fórmula exacta para o ponto de vista do idealismo: "Ser é ser percebido".
Do ponto de vista artístico, o realismo será uma forma de expressão artística que procura reproduzir exactamente o mundo que nos rodeia. O termo tem origem no século XIX e foi utilizado para descrever a obra de Gustave Courbet e de um grupo de autores que rejeitavam a idealização, centrando-se, em vez disso, na vida quotidiana.
Enquanto corrente artística, o realismo constitui uma reacção ao romantismo, afastando-se claramente da tendência romântica para a imaginação, para o devaneio, para a fuga da realidade. O autor realista procura a verdade objectiva.
(A propósito de Andrew Wyeth, Pintor realista recentemente falecido: REVER)