Duas coisas povoam a mente com uma admiração e respeito sempre novos e crescentes...o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim (Kant)
O Panteísmo (Pan=o todo; Theos=Deus), enquanto concepção sobre a natureza de Deus e sistema filosófico, está intimamente relacionado com a questão da origem do Universo.
Superada a dúvida radical e admitida a existência do mundo, vemo-nos confrontados com a questão da sua origem.
Excluída a hipótese, alheia aos pensadores gregos, da "criação a partir do nada", resta a alternativa segundo a qual o mundo será Eterno, isto é, liberto do devir e do tempo sendo, por isso, intemporal.
Ora, se o mundo é eterno, qual a sua natureza? Material ou Espiritual?
Os defensores da primeira tese são os denominados materialistas, para quem o mundo é matéria que sempre existiu e nenhum ser criou, matéria que se transforma em obediência a leis da sua própria estrutura. A concepção materialista do mundo prescinde, assim, de qualquer entidade transcendente, sendo o ateísmo o seu corolário.
Para os defensores da tese segundo a qual o mundo é de natureza espiritual, no fundo, o mundo é emanação de Deus, é o próprio Deus manifestando-se. Eis o cerne do Panteísmo.